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Pós-graduação Lato sensu Multi-institucional em Plantas Medicinais e Fitoterapia

Justificativa do Curso

       A ausência de disciplinas curriculares direcionadas especificamente à formação universitária dos profissionais que atuam no setor da saúde e na cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos constitui um dos aspectos limitadores para a inserção dessa atividade no Sistema Único de Saúde (SUS).  A qualificação dos profissionais de saúde, assim como outros profissionais envolvidos na cadeia produtiva, torna-se necessário no contexto de garantir a qualidade e a segurança dos medicamentos produzidos, bem como a eficácia da fitoterapia.  A crescente demanda verificada especialmente após o reconhecimento da fitoterapia como prática terapêutica pelo Ministério da Saúde por meio das políticas nacionais de práticas integrativas e complementares (PNPIC) e de plantas medicinais e fitoterápicos (PNPMF), não vem sendo atendida, em parte, por esse fator limitante.

Gengibre, limão e chá de mel

       Nesse contexto, vale ressaltar que a criação da PNPIC e da PNPMF, em 2006, salientou que os conteúdos científicos e técnicos, assim como outras expertises na área de plantas medicinais sejam disponibilizados aos profissionais de nível superior para que essa área de atuação tenha maior desenvolvimento no meio científico e nas unidades de saúde, conforme as orientações do poder executivo. Além disso, diante do visível avanço técnico e científico na área de plantas medicinais e fitoterapia, é notório o interesse de diversos profissionais em incorporar conhecimentos que fundamentem essa prática.

       No Brasil, a utilização de plantas medicinais na terapêutica vem sendo associada às práticas tradicionais, com influências de diferentes culturas. Há lacunas em relação à divulgação da informação científica sobre as plantas medicinais de forma sistematizada, especialmente em cursos de graduação médica, apesar do aumento da produção científica que vem, inclusive, validando a fitoterapia em diversas patologias. Da mesma forma, existe pouca informação dos profissionais da área de saúde no que diz respeito aos inúmeros extratos e medicamentos fitoterápicos disponíveis no mercado.

         

 

    A especialização proposta abrange também aspectos relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade, com ênfase em plantas, já consagradas e/ou com potencial terapêutico. Estas plantas são a fonte de matéria-prima para a produção dos fitoterápicos cuja importância é incorporada em outras áreas da saúde púbica, como na nutrição, no tratamento e na prevenção de doenças.

 

  Neste sentido, incentivar cursos de especialização profissional, com enfoque interdisciplinar é um instrumento necessário para aproximar os conhecimentos tradicionais, científicos, e as boas práticas de manejo da matéria prima, assim como da fitoterapia na área da saúde.

Medicina natural

            

 

         Esta proposta de curso é resultado da parceria entre a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Escola Nacional de Botânica Tropical do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (ENBT/JBRJ) e a Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT), contando ainda com professores e pesquisadores de outras Instituições atuantes na área. Estas instituições reúnem considerável experiência na formação profissional sobre Plantas Medicinais incluindo o saber popular e tradicional, o cultivo e o melhoramento das plantas, a prática clínica, e o apoio aos serviços de fitoterapia no SUS.

 

      No formato em que está sendo apresentado – Pós-Graduação Lato Sensu (Especialização), este curso vem preencher uma lacuna de formação nesta área no Estado do Rio de Janeiro.

Concepção do Programa

       A formação de recursos humanos especializados tem sido um dos principais focos das três instituições envolvidas no presente projeto de curso – UFRJ, ENBT e ABFIT, tendo gerado conteúdos e conhecimento nas suas áreas específicas de atuação, sendo reconhecidas como fonte de excelência e expertise.

      A formação de recursos humanos especializados tem sido um dos principais focos das três instituições envolvidas no presente projeto de curso – UFRJ, ENBT e ABFIT, tendo gerado conteúdos e conhecimento nas suas áreas específicas de atuação, sendo reconhecidas como fonte de excelência e expertise.

     Para a concepção da estrutura do programa, envolvendo as disciplinas e conteúdos programáticos planejados, foi necessária a inclusão de um leque de áreas do conhecimento relacionadas às plantas medicinais, e professores com experiência profissional na área, tanto no campo da pesquisa quanto nos serviços de assistências médicas e farmacêuticas.  A quantidade e a diversidade da origem dos conhecimentos, que se misturam com a história da humanidade e da medicina, exigem uma estrutura ampla e flexível do programa, de acordo com os diversos focos dos profissionais participantes no processo de aprendizado.

Ervas medicinais
Garrafas de Homeopatia Globules

     Nesse contexto, a experiência da Faculdade de Farmácia da UFRJ aporta conhecimentos fundamentais no âmbito das Ciências Farmacêuticas, da planta medicinal ao fitoterápico; a ABFIT permite um aprofundamento na área terapêutica; e a expertise da ENBT reforça a qualidade dos conhecimentos relacionados à planta medicinal.

 

      Considerando tudo isso, e focando nas espécies medicinais que ocorrem nos biomas brasileiros, sejam as naturalizadas e/ou adaptadas, incorporadas à cultura e à medicina popular, este programa se aprofunda, com diferentes graus de detalhamento no que se refere ao uso terapêutico de espécies medicinais, enfocando os diferentes aspectos que envolvem a complexa cadeia produtiva dos fitoterápico

                    

      A complexidade do tema, e a necessidade vivencial da aplicação prática dos conhecimentos, para consolidar o processo de aprendizado, cria a necessidade de um módulo prático, onde os profissionais atenderão sob uma supervisão, ganhando a experiência e a segurança necessárias para se transformar em prescritores qualificados e com capacidade de atuar nas unidades de saúde. O encadeamento dos conteúdos e dos temas ao longo das disciplinas curriculares foi organizado de forma que os profissionais em formação tenham as informações necessárias que permitam sua migração para os temas mais complexos, onde, conforme a categoria profissional cursarão disciplinas voltadas para as suas áreas de atuação.

 

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